INTERCESSÃO – LUCIANO SUBIRÁ

15/07/2016

Em 1961, em Franca, Estado de São Paulo, a pastora Lígia de Souza, de Londrina, provou o poder de intercessão que há na oração em línguas de uma forma tal, que jamais viria a esquecer. Na ocasião em que me relatava a experiência, disse que o que presenciou há mais de trinta anos, ainda a faz valorizar a intercessão em línguas até hoje.

Foi durante uma campanha realizada na igreja, que recebia a presença de um evangelista de fora, que tudo aconteceu. Lígia chegou antes do culto e foi tomada de forte impulso para descer ao porão onde costumavam reunir-se para orar e interceder. Tão logo o fez, começou a chorar e gemer com dores de parto, falando em línguas o tempo todo; não entendia o que estava acontecendo, mas sabia que estava intercedendo por alguém. Em meio a oração Deus lhe mostrou o líder de mocidade e ela entendeu que orava por ele, mas ainda sem saber porquê. Orou em línguas até sentir o alívio daquele peso de intercessão, que quando veio, trouxe consigo uma manifestação de gozo. Quando subiu à já havia terminado! Tão entretida estivera que nem viu o tempo passar. Perguntou ao marido acerca do rapaz e soube que ele não estivera no culto.

Se a história terminasse aqui, talvez fosse semelhante a muitos momentos que eu e você já tivemos intercedendo em línguas sem saber porque, e acabamos não valorizando-os tanto por não vermos os resultados; mas o Senhor permitiu que a irmã Lígia soubesse o que aconteceu, e isto deve estimular a nós todos a obedecer os impulsos de oração que o Espírito Santo traz.

No dia seguinte, ao meio-dia, bateram na porta da casa do casal e o pastor Samuel, esposo da Lígia foi atender. Abrindo a porta, deparou-se com aquele líder de mocidade com uma lata de formicida na mão. Revelou que na hora do culto ele ia suicidar-se, pois já não aguentava os problemas familiares e achava-se em grande desespero. Mas no momento que ia ingerir o veneno, ouviu a voz do Espírito Santo dizendo que ele não estava sozinho; que naquele exato momento alguém estava intercedendo por Ele e que Deus o ajudaria a sair daquela situação. Ele cobrou ânimo, desistiu do suicídio e viu Deus trazer-lhe livramento. Além de ser poupado em vida, sem perder sua salvação, este rapaz é hoje um pastor. Aquele que o diabo tentou destruir, compõe as fileiras do exército do Senhor… porque alguém intercedeu em línguas, sem entender o que acontecia!

Aleluia! A Palavra de Deus declara que o Espírito intercede por nós; é parte de seu ministério em nossas vidas, tanto que as Escrituras o denominam como “O Espírito de súplicas” (Zc 12.10)
Não há como separá-lo do assunto da oração:

“Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqeuza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que esquadrinha os corações sabe que é a intenção do Espírito: que ele, segundo a vontade de Deus, intercede pelos santos” Romanos 8.26,27

Este tipo de oração é um posicionamento em favor de outras pessoas, e não de nós mesmos.

Interceder em línguas é algo que podemos fazer intencionalmente. Quando quero orar por determinado assunto ou pessoa sem saber como fazê-lo, peço ao Senhor que me guie em oração específica por aquele assunto e então oro em línguas por aquilo crendo que o Espírito Santo está me ajudando a orar. Porém, há momentos em que nem sequer planejava orar e o Espírito me impulsiona a fazê-lo. É impressionante como o Espírito Santo pode mover-nos a orar em situações de emergência e grande necessidade. E coisas inéditas podem ter seu lugar se nos rendermos ao Senhor.

A CHAVE MESTRA

Harold McLaryea, pastor sênior da Comunidade Vida, em Guarapuava, Paraná recebeu uma visão de Deus que revolucionou uma visão de Deus que revolucionou sua vida de oração, em especial a intercessão.

Isto aconteceu quando ainda morava em Gana, África, antes de ter vindo ao Brasil. A experiência está em harmonia com o ensino bíblico e serve-nos de exemplo. Ele a relatou assim:

“Uma das maiores revelações de Deus para minha vida aconteceu quando ainda era adolescente. Eu fazia parte de um ministério jovem em ascensão no meu país e tínhamos experimentado muitos milagres de Deus – transformações de vidas, curas e libertações. Estávamos nos preparando para algo bem maior na obra de Deus quando ocorreu-me esta experiência marcante.”

“Certa tarde em meu quarto, estava orando e buscando ao Senhor em favor do ministério, quando, de repente, o quarto se encheu da presença sublime do Senhor Jesus e fui literalmente lançado no chão, cerca de uns três metros de onde eu estava. Esta foi a primeira vez que eu caí na presença de Deus, e foi de uma forma inesperada. Ao cair no chão, eu fui levado pelo Espirito Santo numa visão para um castelo, uma fortaleza enorme, como dos tempos antigos.”

“Nesta fortaleza havia muita gente presa em várias salas e cômodos. As pessoas estavam tristes e angustiadas e me pareciam como nos tempos da escravidão quando muitos negros eram maltratados e acorrentados, sofrendo todo tipo de dores enquanto aguardavam em fortalezas nas praias os navios que os levariam longe das suas terras. Eu vi muita gente, de várias cores e classes sociais, acorrentada e presa atrás das portas nesta grande fortaleza e pude perceber a angústia e a tristeza nos seus olhos.”

“De repente, eu me vi junto aos irmãos do ministério na entrada do portão principal desta fortaleza, e eu estava com uma pequena chave em minha mão. Logo entendi que estávamos ali para libertar toda essa gente oprimida, mas, parecia-nos uma tarefa impossível, uma vez que nós tínhamos apenas uma pequena chave nas mãos e as portas e correntes que prendiam as pessoas eram muitas, e de todo tipo de fechaduras que se pode imaginar. Então o Senhor falou conosco mandando-nos a usar essa mesma chave para libertar o povo, e para a minha surpresa, as portas e todas as fechaduras abriam-se quando colocávamos e girávamos a chave. O povo que estava preso foi liberto, e então a visão acabou.”

“Levantei-me do chão, e assentei-me na cama pensativo no que acontecera e estava ainda assustado, quando Deus começou a falar comigo no meu interior, no meu espirito. Deus me falou que estávamos no limiar de um rompimento tremendo no nosso ministério onde veríamos muitas vidas libertas e transformadas para o seu reino, e que o meio para trazer isso à realidade já estava em nossas mãos.”

“Eu perguntei que meio era esse, e o Senhor me respondeu que esse meio era a chave que Ele me mostrara na visão; e acrescentou que essa chave era o que chamamos de chave-mestra. Os antigos tinham o costume de ter uma chave guardada que abria todas as portas da casa em momentos de emergência. Essa chave era chamada chave mestra porque com ela se abria qualquer porta, a despeito do tipo de fechadura. Deus então me disse que há várias chaves no reino para todo tipo de propósito, e que já havíamos aprendido a lidar com algumas dessas chaves com grande êxito; mas existia uma chave especial que Ele deu à sua Igreja e que é capaz de abrir todas as portas diante de
nós e trazer resultados que nunca antes imaginamos.”

“Deus me falou que poucos cristãos tem usado essa chave, e mais ainda, que a maioria nem sequer sabe desta chave, e muito menos como usá-la. A chave é a oração no Espírito. Se tomarmos a chave mestra que Deus deu à sua Igreja e aprendermos a usá-la, teremos resultados poderosos!”

Assim como o irmão Harold declarou sua experiência, também creio que a oração no Espírito seja a chave que abre todas as portas, pois ela é feita segundo a vontade de Deus. E a própria Palavra nos ensina que quando orarmos segundo a vontade de Deus temos resposta garantida:

“E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve; e, se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que já alcançamos as coisas que lhe temos pedido”. 1 João 5:14,15

Orar em línguas, é ter com certeza a resposta de Deus…

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Extraído do livro “O Falar em Línguas” – disponível na nossa loja virtual.
Autor: Luciano P. Subirá. É o responsável pelo Orvalho.Com – um ministério de ensino bíblico ao Corpo de Cristo. Também é pastor da Comunidade Alcance em Curitiba/PR. Casado com Kelly, é pai de dois filhos: Israel e Lissa.

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