NOSSO GPS INTERNO – John Bevere

26/04/2017

Texto extraído do livro “Do Bem ou de Deus?”

Qual é o seu objetivo fundamental? Em outras palavras, que desejo supera todos os outros desejos? Você pode ser sincero? Se for, você não terminará em um lugar onde não deseja estar. Veja isso da seguinte forma: se o GPS do seu celular está programado para o aeroporto, mas você quer ir para o shopping, você vai lamentar e ficar frustrado quando o seu GPS anunciar “Você chegou ao seu destino” quando você se aproximar do terminal do aeroporto e vir placas com os nomes de companhias aéreas em lugar de lojas de departamentos.

Incrédulo, você protestará: “O que aconteceu? Como vim parar aqui?”. É muito simples. O seu GPS o levou para onde ele estava programado para ir.

O apóstolo Paulo declarou qual era a programação do GPS dele:

“Prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial…” (Fp 3:14; grifo do autor).

Ele sabia o que estava buscando e o GPS dele estava programado. Ainda que se deparasse com resistência, obstáculos ou forte adversidade, Paulo prosseguiria em meio a tudo isso e não se desviaria para um destino final alternativo.

Para quê o seu GPS interno está programado? É para ter muitos amigos? É para ser popular? É para desfrutar de determinado estilo de vida? É para ser o melhor na sua área de trabalho? É para ter saúde e felicidade?

Você pode responder: “Gostaria de ter todas essas coisas”. A maioria de nós deseja essas coisas, mas que desejo único supera todos os outros? É importante fazer essa distinção, porque no fim será ela que determinará o seu destino. Virá um tempo na sua jornada em que a estrada fará uma bifurcação e você terá de escolher um caminho ou outro.

E então, qual é o seu destino final? Se seu objetivo fundamental é ser moralmente puro, ético, uma boa pessoa, saudável e financeiramente seguro, então você pode acabar no mesmo lugar que o jovem rico se encontrava: possuindo todas essas características, mas ainda assim tendo falta do que é mais importante.

Se o seu objetivo fundamental é ter muitos amigos, então você pode se encontrar como Arão, o irmão de Moisés: no sopé da montanha com muita atividade social — sendo até mesmo o centro das atenções e ajudando a sua comunidade — mas ao mesmo tempo desviando-se do coração de Deus. O bezerro de ouro que você construiu pode aplacar os seus amigos e conhecidos, mas você descobrirá com tristeza no fim que ele desviou tanto a eles quanto a você do que era melhor.

Se a sua paixão é ser um palestrante, um artista ou um líder conhecido, ou simplesmente ter determinado número de seguidores no Twitter ou no Facebook, você pode alcançar esse status até mesmo entre a comunidade de crentes, mas acabar como um homem chamado Uzias de Israel, que era a pessoa mais conhecida da nação, porém morreu em isolamento (ver 2 Crônicas 26).

Seu GPS interno pode estar programado para que você seja mais nobre e bondoso. Você pode estabelecer o seu alvo em ofertar generosamente aos pobres e necessitados. Esse objetivo é atraente para muitos em nossos dias, e deveria
ser. Mas Paulo escreve à igreja de Corinto e afirma que ele poderia dar tudo o que possuísse aos pobres e ainda assim encontrar em falta.

“E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.” 1 Coríntios 13:3

Você pode se esforçar para ser o ofertante mais generoso da sua comunidade — um objetivo honroso. Entretanto, um homem chamado Ananias e sua mulher, Safira, eram membros que tinham uma boa posição na igreja de Jerusalém. Certo dia, eles deram de oferta uma grande parte do resultado da venda de um valioso lote de terra. Eles queriam demonstrar o seu compromisso de construir a casa de Deus. Ananias e Safira esperavam receber elogios, mas, em vez disso, caíram em juízo.

“Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus. E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram.” Atos 5:3-5

O fim deles foi trágico.

Houve um tempo em que eu me considerava nobre e temente a Deus. Todos os dias, durante um período de de oito meses, eu me levantava às 5 horas da manhã e orava até às 7 horas da manhã. Uma boa parte desse tempo era consumido com pedidos do tipo: “Senhor, usa-me para levar multidões à salvação, para pregar a Palavra de Deus poderosamente, para levar nações ao Teu Reino, para curar enfermos e libertar pessoas”. Eu pedia persistente e apaixonadamente essas coisas, manhã após manhã.

Meses se passaram e um dia Deus falou ao meu coração: “Filho, as suas orações não estão atingindo o alvo”.

Fiquei perplexo! O que poderia ser melhor, mais nobre e mais agradável ao meu Criador do aquilo que eu estava pedindo? Perguntei-me se entendera mal o que havia sido dito ao meu coração. Como esses maravilhosos objetivos espirituais poderiam não estar atingindo o alvo?

Imediatamente, ouvi novamente o Espírito de Deus dizer: “Judas deixou tudo o que tinha para Me seguir. Ele era da elite dos doze. Ele pregou o Reino de Deus. Curou enfermos, ofertou aos pobres e libertou pessoas. Judas está no inferno”.

Tremi, chocado e atônito. Percebi que Judas alcançou tudo aquilo pelo qual eu estava clamando, mas ele estava perdido para sempre. Talvez se ele tivesse examinado o seu GPS interno mais cuidadosamente, o seu fim
tivesse sido tão desastroso.

Entendi que eu podia estar inconscientemente na mesma categoria de Judas. Perguntei ardentemente: “Qual deve ser o meu alvo?”

Uma pergunta que faço periodicamente a uma audiência é: “Para que destino Moisés se dirigia quando conduziu Israel para fora do Egito?” Todas as vezes, a maioria responde: “A Terra Prometida”.

Isso está correto? Repetidamente, quando Moisés comparecia diante de Faraó, ele dizia estas palavras de Deus ao rei do Egito:

“Deixe ir o meu povo para prestar-me culto no deserto” (Êx 7: 16; grifo do autor; ver também Êxodo 5:1; 8:1, 20; 9:1, 13; 10:3).

Por sete vezes, quando disse a Faraó para onde Israel iria, Moisés associou a adoração ao deserto. Nenhuma vez a
Terra Prometida é mencionada.

O objetivo de Moisés era conduzir o povo para encontrar e adorar Deus no deserto do Sinai. Por que ele iria querer tirá-los do Egito direto para a Terra Prometida antes de primeiramente levá-los ao Deus da Promessa? Isso teria promovido as promessas acima da presença de Deus e encorajado uma programação incorreta do GPS.

Infelizmente, os pastores e mestres dos nossos dias têm promovido a opção das promessas. Lembro-me de que nos anos 80 e 90 eu ouvia muito mais sobre o que Jesus faria por nós em vez de ouvir a respeito de quem Ele é. Esse tipo de ensinamento produziu discípulos que programaram o seu GPS interno para as bênçãos de Deus e não para a Sua presença. Isso não é diferente de uma mulher se casar com um homem pela sua riqueza. Ela pode amá-lo, mas faz isso pelos motivos errados.

Precisamos nos lembrar de que Deus é relacional e tem o coração de um Pai. Ele sempre tem e sempre terá esse coração. Ele ansiava por conhecer os Seus filhos como um pai ou mãe anseia por desenvolver um relacionamento
com o seu filho recém-nascido.

Deus não está cego para os nossos motivos internos. Ele nos diz para nos purificarmos de toda imundície, não apenas da carne, mas também do coração e do espírito. Purificar-nos da imundície do sistema deste mundo garante que o nosso GPS interno não estará comprometido nem escolherá o que é bom em vez do que é melhor.

Para manter a programação mais benéfica do nosso GPS interno — rumo a um relacionamento íntimo com Deus — parece que a palavra santidade é o fator-chave.


Extraído do livro “Do Bem ou de Deus?” – disponível na nossa loja virtual.
Autor: John Bevere. Autor de best-sellers internacionais, com materiais de ensino que conquistaram prêmios, alem de palestrante em conferências e igrejas, John é co-patrocinador do programa de televisão The Messenger, que é transmitido para 216 nações. Ele e sua esposa Lisa, também autora de best-sellers, fundaram a Messenger International em 1990, que atualmente conta com escritórios no Colorado, na Austrália e no Reino Unido. Eles vivem em Colorado Springs com seus quatro filhos.

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