SUJEIÇÃO E AUTORIDADE – Luciano Subirá

21/07/2020

Andar em santidade, além de preservar intimidade com Deus e servir de exemplo aos liderados, também define a autoridade na dimensão espiritual.

Primeiramente, o exercício da autoridade está condicionado à capacidade de sujeição à autoridade. A constatação dessa verdade pode ser vista no episódio bíblico do centurião romano que buscou intervenção de Cristo em favor de seu servo doente:

“Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, apresentou-se-lhe um centurião, implorando: Senhor, o meu criado jaz em casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente. Jesus lhe disse: Eu irei curá-lo. Mas o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado. Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz. Ouvindo isto, admirou-se Jesus e disse aos que o seguiam: Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta. Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus. Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes. Então, disse Jesus ao centurião: Vai-te, e seja feito conforme a tua fé. E, naquela mesma hora, o servo foi curado.” Mateus 8:5-13

O centurião entendia de autoridade, porque liderava soldados no exército romano. Contudo, antes de dizer que possuía homens subordinados às suas ordens, declarou: “sou homem sujeito à autoridade”. Só pode expressar autoridade, na cadeia de comando militar, quem está debaixo de autoridade. Um sargento só possui voz de comando sobre um soldado, por exemplo, quando ele mesmo está debaixo da voz de comando de um tenente ou outra patente superior. Se ele romper com a sujeição à autoridade que está sobre ele, também comprometerá a expressão de autoridade diante de quem está debaixo dele.

O quanto isso é verdadeiro no paralelo espiritual?

Tiago responde:

“Sujeitai-vos, portanto a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” Tiago 4:7

Muitos pregadores enfatizam só a segunda metade do versículo. Mas, antes de mandar resistir ao diabo, a Bíblia ordena sujeição a Deus.

Por quê?

Porque para expressar autoridade contra Satanás precisamos estar debaixo da autoridade de Deus! Se não nos sujeitamos a Deus, não podemos expressar Sua autoridade contra poderes das trevas.

Vamos a um exemplo:

“E alguns judeus, exorcistas ambulantes, tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre possessos de espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega. Os que faziam isto eram sete filhos de um judeu chamado Ceva, sumo sacerdote. Mas o espírito maligno lhes respondeu: Conheço a Jesus e sei quem é Paulo; mas vós, quem sois? E o possesso do espírito maligno saltou sobre eles, subjugando a todos, e, de tal modo prevaleceu contra eles, que, desnudos e feridos, fugiram daquela casa.” Atos 19.13-16

Jesus deu aos discípulos autoridade para expulsar demônios em Seu nome (Mt 10.1; Mc 16.17) e os demônios deviam se sujeitar a tal autoridade. Os discípulos sabiam que o poder estava no nome de Jesus e não na autoridade deles próprios – em certa ocasião, declararam:

“Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!” (Lc 10.17)

Agora, se a autoridade de expelir demônios provém do nome de Jesus, e foi isso que os os filhos de Ceva tentaram fazer, por que não funcionou com eles?

“Conheço a Jesus sei quem é Paulo; mas vós, quem sois?”, respondeu o próprio demônio. Em outras palavras, alegou conhecer quem é quem no reino espiritual mencionando tanto Jesus como Paulo. O espírito maligno deixou claro que não reconhecia naqueles exorcistas ambulantes a capacidade de refletir a autoridade do nome de Jesus. O motivo é bastante óbvio: só pode expressar a autoridade desse nome quem primeiro a ele se sujeita.

Texto extraído do livro “O Impacto da Santidade”

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Autor: Luciano P. Subirá. É o responsável pelo Orvalho.Com – um ministério de ensino bíblico ao Corpo de Cristo. Também é pastor da Comunidade Alcance em Curitiba/PR. Casado com Kelly, é pai de dois filhos: Israel e Lissa.

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