O PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO – Luciano Subirá

21/04/2018

Quando falamos de honrar ao Senhor com os nossos bens, percebemos que as verdadeiras perdas não são as dos nossos bens e dinheiro, e sim as do mau testemunho gerado pela falta de pagamento. Portanto, o fato de termos um orçamento pessoal e familiar nos ajuda muito a evitarmos uma má administração financeira, que certamente terá um consequente mau testemunho.

“Orçamento” é a sua programação (e consequente administração) financeira. Seja no planejamento mensal das contas domésticas, ou no planejamento da aquisição de um bem específico, nós sempre devemos fazer um orçamento.

O Senhor Jesus, falando de um princípio espiritual, de pessoas que queriam segui-Lo sem saberem o quanto isto lhes custaria em termos de renúncia, proferiu uma parábola acerca da necessidade de um orçamento, de um planejamento financeiro:

“Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se senta primeiro a calcular as despesas, para ver se tem com que a acabar? Para não acontecer que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a zombar dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.” (Lc 14.28-30)

A fim de ilustrar uma verdade espiritual, Jesus mencionou o orçamento de um empreendimento como sendo a coisa mais natural e lógica que qualquer um faria. Este é um princípio de vida que até os incrédulos utilizam (e que nós também deveríamos utilizar!). Se quisermos honrar ao Senhor em nossa vida financeira, teremos que gastar de forma regrada e programada.

Fazer o orçamento é algo simples: você calcula as suas entradas (os salários da família e qualquer outro rendimento) e começa a deduzir delas as suas despesas fixas: os dízimos, as ofertas, o aluguel (ou prestação da casa), as contas, como água, luz, telefone, condomínio, etc., despesas de transporte (ônibus ou a gasolina do carro, além da sua manutenção), convênio médico, supermercado, roupas, estudos, etc. Você ainda deveria ter uma margem de “sobra” (um fundo de reserva) para eventuais despesas não-programadas, como farmácia, consertos do carro ou de algum eletro-doméstico.

Se as suas despesas forem maiores que o seu ganho, você terá que cortar algumas delas. Talvez você tenha que mudar o seu padrão de vida, seja em relação à casa onde você mora, ao carro que você possui, aos gastos supérfluos nas áreas menos necessárias (como gastos em restaurantes), às coisas que você consome, etc. Senão, sempre haverá um saldo negativo e você terá que tomar emprestado para cobrir o rombo. Com o acúmulo dos empréstimos, além dos juros, a sua dívida se tornará uma “bola de neve”, algo sempre crescente.

Quando vivemos de forma desordenada em nossas finanças, escandalizamos outras pessoas e damos oportunidade para que elas falem mal do Evangelho. Por isso somos instruídos pelo Senhor a agirmos de forma oposta a esta:

“Tendo o vosso viver honesto entre os gentios, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem. Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo o bem, tapeis a boca à ignorância dos homens loucos; como livres e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de Deus.” (1 Pe 2.12,15,16)

Em vez de permitirmos que falem mal de nós, devemos tapar a boca dos que querem nos difamar. E a melhor forma de fazermos isto é com a nossa integridade.

Infelizmente, porém, muitos crentes têm sido uma oportunidade para os que querem falar mal da fé, especialmente pela sua falta de testemunho em sua vida financeira. Por que isto acontece tanto?

Como pastor, tenho percebido, em muitas e muitas horas de aconselhamento com pessoas com a vida financeira arrebentada, que, na maioria das vezes, a intenção não é lesar ninguém através de uma inadimplência ou calote, mas o que acontece é por pura falta de controle. Este tipo de mau testemunho acontece não só por dolo e maldade, mas também porque não temos o hábito de trabalharmos com orçamentos, o que gera um descontrole, o qual, por sua vez, gera dívidas maiores que os ganhos, e, com os juros aumentando o rombo, leva à bancarrota. E isto não remove a culpa nem o mau testemunho; só desgasta o que pensamos sobre as intenções da pessoa!

Muitas pessoas, no entanto, se dizem cristãs e não têm escrúpulo algum. São maldosas, ganham dinheiro com lucros desonestos, mentiras, roubos, sonegações de impostos, etc. E, vivendo desta forma, não serão os dízimos e as ofertas entregues na igreja que as colocarão na posição de estarem honrando ao Senhor com os seus bens. O que estas pessoas fazem em suas vidas financeiras contradiz e anula qualquer prática de honra financeira que queiram dar ao Senhor nos cultos! É hora de mudarmos a nossa atitude se desejamos que o Senhor nos honre em nossas finanças.

Texto extraído do livro “Uma Questão de Honra”

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Autor: Luciano P. Subirá. É o responsável pelo Orvalho.Com – um ministério de ensino bíblico ao Corpo de Cristo. Também é pastor da Comunidade Alcance em Curitiba/PR. Casado com Kelly, é pai de dois filhos: Israel e Lissa.

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